Não é novidade que, com o passar do tempo e a modernização até dos itens mais básicos, novos campos de trabalho surgem e alguns acabam extintos. Conheça algumas funções bastante bizarras que existiam no início do século passado. Confira:
1 – Coletor de urina de égua
Veja só que ofício ingrato. O mais bizarro é que ele existia há menos de 100 anos. Nos anos de 1930, pesquisadores canadenses precisavam coletar a urina de éguas prenhas para extrair estrogênio – o hormônio era utilizado para aliviar os sintomas da menopausa. O problema, na verdade, era conseguir o xixi do animal.
Para resolver essa questão, fazendeiros canadenses contratavam homens especialmente para a função. O trabalho era basicamente ficar de olho em diversas éguas prenhas e, quando uma delas começasse a fazer xixi, o coletor pegava seu baldinho, corria em direção ao animal e colhia o material necessário. Era preciso ser bastante ágil e conhecer o animal a ponto de reconhecer qual expressão ele fazia momentos antes de começar a fazer xixi.
Só mais um detalhe: o salário era praticamente simbólico. Além disso, o estrogênio extraído da urina dos animais era muito pouco; como o coletor ganhava por litro de urina recolhido, ele levava praticamente um dia inteiro para conseguir pagar por pelo menos um prato de comida. Quando o estrogênio sintético foi produzido, a função de coletor foi extinta.
2 – Vigia de túnel
No início de 1900, o transporte do momento era o trem, que permitia que as pessoas cruzassem países e cidades com certa comodidade. O que você talvez não saiba é que, por trás dessa comodidade, milhares de pessoas – incluindo crianças – trabalhavam exaustivamente.
Para garantir o bom funcionamento das locomotivas, essas pessoas faziam a manutenção de trilhos, passageiros e bagagem. Na separação das funções, uma chama bastante a atenção: alguns empregados eram encarregados de vigiar túneis.
As funções do vigia de túnel eram variadas, mas em Nova York, por exemplo, o trabalho exigia que o funcionário fosse de uma ponta à outra do túnel, pelo lado de dentro, inspecionando tudo. Depois, fazia o caminho reverso. E isso acontecia o dia todo.
Já em Chicago, o sistema era diferente: um vigia ficava em uma ponta do túnel enquanto o outro se posicionava no extremo oposto. A função dos funcionários era avisar os outros da aproximação do trem. Além disso, eles precisavam limpar bem a região dos trilhos, de modo a evitar que qualquer pedra ou pedaço de madeira atrapalhasse a viagem.
Além de ser um trabalho relativamente monótono, a função tinha também a questão da periculosidade, afinal, os vigias poderiam morrer caso não vissem o trem a tempo ou ficassem presos no túnel quando algum acidente, desabamento ou incêndio acontecia.