10 fatos intrigantes do Universo




O Universo é povoado de fenômenos bizarros e estranhos. Alguns deles ainda são mistérios para a ciência.


Estrelas que não deram certo, o vácuo que pode esconder uma aceleração poderosa, um sugador de matéria bem no meio de nossa galáxia, raios que não se sabe de onde vêm, explosões que emitem uma quantidade de energia inimaginável.

Não, esses fenômenos não fazem parte de um enredo de filme de ficção científica. São reais e foram selecionados por sete cientistas respeitados como alguns dos dez fatos mais esquisitos do Universo a pedido do site americano space.com e divulgados na internet em janeiro. Depois foi a vez dos internautas votarem e escolherem os seus favoritos segundo uma ordem.

Existem algumas hipóteses para explicar algumas esquisitices, mas em certos casos nem isso. A seguir, descubra quais são esses fenômenos .
 
1- O nada
Tem alguma coisa escondida ali

O campeão disparado de esquisitice no Universo é o "nada". Dá para entender o motivo. O vácuo cósmico, na verdade, não é um "nada" como se imagina, ou seja, uma região vazia de tudo. Existe a possibilidade de que o "nada" esconda um tipo de partícula que ainda não foi possível detectar.

"Na física moderna, ficou provado que não existe um sistema cuja energia seja exatamente zero", afirma o cosmólogo Marcelo Gleiser. "Átomos sempre vibram, mesmo que estejam na mais baixa temperatura, o zero absoluto; portanto, se não existe um zero absoluto de energia, não pode haver também um vazio absoluto." Mas o que tem, afinal, no vácuo? Que tipo de partícula? Esse é um dos grandes desafios para os cientistas nas primeiras décadas deste século.


2 - Aceleração inesperada
Força estranha impulsiona o Cosmos

Desde a década de 20 sabe-se que o Universo está em expansão. Alguns cientistas acreditam que esta expansão teria começado com o Big Bang, entre 12 e 15 bilhões de anos atrás. Uma das principais questões que envolveu o debate científico do século 20 era saber se o Universo iria continuar a se expandir ou se, um dia, seu curso iria se inverter e ele começaria a se contrair. Nos últimos dois anos, porém, algo insólito começou a perturbar os astrônomos. Alguns estudos apontam que a expansão do Universo continua e, pior, está se acelerando. Por quê? Qual força está causando essa aceleração? De onde ela vem? Até agora não se sabe a resposta.

3 - Buraco negro na Via Láctea
A região ao redor deveria ser brilhante, mas não é

Tudo indica que no centro de nossa galáxia existe um imenso buraco negro, cuja massa seria cerca de 2,6 milhões de vezes a do Sol, que sorve o gás e as estrelas ao redor. Imagina-se, então, que tanta matéria, ao ser tragada, espiralando próxima ao buraco negro, formaria um disco que iria se aquecer devido à fabulosa fricção que se criaria. Como resultado, uma luz muito brilhante deveria ser emitida. Mas não é isso o que ocorre. Ao contrário, a luz que se observou é muito pálida. E ninguém entende por quê.

4 - Hipernovas
Fantásticas explosões de radiação gama

Há décadas os cientistas tentam descobrir de onde vêm as poderosas emissões de radiação gama, caracterizadas por explosões violentíssimas que chegam a ultrapassar o brilho somado de todos os outros astros do Universo visível. O que pode provocar tanta energia? Uma das teorias supõe que estas emissões estariam relacionadas às hipernovas, fenômeno que ocorre quando o coração de uma estrela de muita massa, cerca de 100 vezes maior que o Sol, desaba sobre si mesma e explode. Pode ser.

5 - Luas de asteróides
Pequenos corpos em volta de outras rochas

Sempre se pensou que um satélite seria um corpo pequeno, orbitando um objeto muito maior. É o que acontece com a Lua e a Terra. Mas a descoberta em 1993, pela sonda Galileu, de pequenos objetos que giram ao redor de asteróides – outros corpos de pouca massa – abalou a teoria dos cientistas. No ano passado, eles tiveram outra surpresa. Foram registrados dois corpos de tamanhos semelhantes, um girando ao redor do outro. Qual deles seria o satélite? Sendo de pouca massa, o que os ligaria gravitacionalmente? Como essas pequenas luas ainda não foram destruídas por outros objetos também é um mistério para os pesquisadores.

6 - A quente coroa solar
Temperatura atmosférica contraria lei física

Todos sabem que quanto mais longe se está de uma fonte de calor, menor a temperatura. Mas, com o Sol, ocorre um fenômeno esquisito. No centro da estrela, a temperatura é de 15 milhões de graus Celsius. Mas ela cai para 6 mil graus na superfície. E sobe novamente, atingindo mais de 1 milhão de graus na coroa. É como se fosse possível incendiar um pedaço de madeira, estando à distância da fogueira. Qual é a mágica?

7 - Brilho no céu lunar
O fenômeno surpreendeu os primeiros astronautas

Nas décadas de 60 e 70, quando os astronautas das missões Apollo pisaram na superfície lunar, ficaram perplexos com o que viram: um estranho brilho no horizonte da Lua, semelhante ao que acontece na atmosfera terrestre. Se nosso satélite não tem atmosfera, o que poderia causar tal fenômeno? A Lua teria nuvens como a Terra? Ela teria algo parecido com a aurora boreal terrestre? Poderia haver algum tipo de erupção vulcânica?

8 - Raios cósmicos
O bombardeio de superpartículas

Há tempos sabe-se que a atmosfera terrestre é constantemente bombardeada por radiações cósmicas. Durante mais de 60 anos só se detectou um tipo de radiação, que é absorvida antes de chegar à superfície da Terra. No entanto, há cerca de uma década, os astrofísicos começaram a verificar que o planeta também é bombardeado por partículas cósmicas que, embora microscópicas, são incrivelmente energéticas. O intrigante é que, até agora, ninguém sabe qual é a fonte desta radiação.

9 - Estrelas de nêutrons
Corpos com massa superconcentrada

As estrelas evoluem durante milhões e milhões de anos. Com algumas, acontece algo especial. Se elas tiverem massa inicial acima de dez vezes a do Sol, depois de explodirem como supernova, o núcleo fica extremamente concentrado. Tão denso que os elétrons se comprimem com os prótons, formando nêutrons. O resultado será uma estrela de nêutrons na qual se poderia comprimir a massa de um Sol e meio em uma área de 20 km de diâmetro.

10 - Anãs marrons
Estrelas que falharam na reta final

As anãs marrons não combinam com a idéia de um Universo perfeito. Em geral, são consideradas estrelas que falharam, não deram certo, porque não tiveram massa suficiente para iniciar o processo de fusão nuclear em seu interior. Portanto, elas não conseguem emitir calor nem luz própria: são frias e escuras. Algumas vivem isoladas, outras fazem parte de um sistema binário, em que uma marrom gira ao redor de uma estrela maior. Esquisitas e raras, elas ainda precisam ser mais bem explicadas. É... o Universo é mesmo intrigante e provavelmente, o homem jamais irá desvendar todos os seus mistérios. Só cabe a Deus, só a Deus.

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