10 - Madeira
A pista fica entre uma montanha e o mar, na cidade portuguesa de Funchal, capital da turística ilha da Madeira. Fortes ventos, vindos de todas as direções, dificultam a aterrissagem, que só pode ser executada por pilotos experientes, com licença de voo especial. A ponte com 180 colunas, construída para aumentar a extensão da pista, foi considerada uma das cem grandes obras da engenharia civil no século XX.
9 - Saint-Barthélemy
Nessa pequena pista do Caribe, só pousam aviões pequenos com capacidade para, no máximo, 20 passageiros. O piloto tem apenas 650 metros de asfalto para pousar e decolar e, ainda por cima, uma das extremidades da pista termina onde começa o oceano. Na praia, os banhistas são alertados, por placas, para não se aproximarem da cabeceira. Apesar da fama de perigoso, o aeroporto só tem dois registros de acidente, em 1999 e 2001, no banco de dados da Aviation Safety Network, que cataloga desastres aéreos.
8 – Gibraltar
A pista de 1.800 metros é curta para grandes aviões, e os freios são acionados assim que a aeronave toca o solo. Mas o que arrepia é notar que ela passa no meio da via mais movimentada desse minúsculo território britânico. Para evitar acidentes, o fluxo da avenida é interrompido a cada decolagem ou aterrissagem, mais ou menos como em vias bloqueadas para a passagem de trens. É o aeroporto mais bem localizado do mundo em relação à cidade que ele atende. A distância até o centro de Gibraltar é de apenas 500 metros.
7 - Princesa Juliana
É difícil de acreditar, mas a foto ao lado é real. Não tem nada de montagem, não! Trata-se de mais um aeroporto caribenho com a pista acabando na beira da praia. Quando um avião se aproxima do Princesa Juliana, os turistas param tudo, seja para filmar e tirar fotos, seja para se esconder - as aeronaves chegam a passar a 10 metros da cabeça dos banhistas.
Inaugurado em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial, é o segundo aeroporto mais movimentado do Caribe e, apesar do fluxo intenso de grandes aviões, nunca registrou acidentes.
6 – Barra
A única sinalização para os pilotos é feita pelos faróis dos carros de vizinhos do aeroporto. Pensando bem, é até melhor manter a pista no escuro, para os passageiros não notarem a falta de asfalto! É isso mesmo: os pequenos aviões só tem a areia da praia para se locomover. Isso significa que a dificuldade para os pilotos está diretamente ligada ao nível da maré. Quanto mais areia coberta pelas águas, menos espaços para as manobras... A torre de controle se comunica com os pilotos e também anuncia a chegada e saída de aviões, evitando atropelamentos.
5 - Juancho Yrausquin
Os 400 metros de pista se estendem por um terreno elevado, à beira-mar, e se tornam mais perigosos por causa dos desfiladeiros rochosos nas cabeceiras. Em cada ponta da pista há um X desenhado, indicando que ela não comporta voos comerciais. A pista só comporta pequenos aviões particulares e, para seguir pousando e decolando no Juancho Yrausquin, os pilotos são submetidos a testes mensais. É recomendável que os aviões pousem na Ilha de Saba com o tanque cheio, já que não há combustível de avião por lá.
4 - Adak
Rajadas de vento acima de 100 km/h castigam o aeroporto e os pilotos que encaram trabalhar nele. Como os constantes nevoeiros atrasam vários pousos, as aterrissagens tem que ser feitas com agilidade, assim que o mau tempo dá uma brecha. Desde a inauguração, em 1942, até 1997, era usado penas para operações militares.
No terminal de passageiros, uma placa que estampava "Bem-vindo a Adak, Alasca: a morada dos ventos" está quebrada pela metade - mas o recado continua dado...
3 - Courchevel
Para conhecer esse aeroporto, que dá acesso a uma estação de esqui nos Alpes, tem que ter muita grana ou muita perícia. Além de só receber voos particulares, a pista de Courchevel tem apenas 535 metros de comprimento e 40 metros de largura, medidas suficientes para dificultar a vida de qualquer piloto. Para completar, parte da pista é inclinada para ajudar a frear na hora do pouso e para acelerar os aviões na decolagem. O aeroporto serviu de cenário para as gravações da sequência da abertura do filme 007: O Amanhã Nunca Morre.
2 - Shimla
Os 1500 metros de altitude são um pequeno inconveniente perto da névoa que cobre a pista durante cem dias do ano. Para piorar, a pista não tem iluminação no solo, chove demais na região e montanhas cercam o aeroporto ou quase todos os lados. Por estar rodeado por paredões, pousos e decolagens têm que ser precisos - um pequeno erro na freagem ou na aceleração da aeronave e a colisão é certa. A pista só recebe voos locais de aviões pequenos, com capacidade para, no máximo, 18 passageiros.
1 - Lukla
Quanto mais perto do céu, mais fácil deveria ser voar, certo? Nesse aeroporto, localizado a 2900 metros de altitude, a conversa é outra. O Lukla atende um publico bem específico - expedições rumo ao topo do Everest - e tem uma rotina rígida. Os alpinistas que voam para lá partindo de Katmandu só podem pousar durante o dia e com condições favoráveis, se não quiserem trombar com as montanhas antes da hora. O neozelandês Edmund Hillary, primeiro a escalar o Everest, foi quem idealizou o aeroporto, recentemente batizado como Tenzing-Hillary em sua homenagem.
Qual aeroporto vocês acharam mais perigoso?