Existem lugares muito hostis no mundo. Mas, apesar da natureza ter
complicado um bom tanto, os seres humanos ainda conseguiram se virar e
viver por lá. De desertos a selvas a vulcões ativos, você pode apostar
que um de nós resolveu chamar o habitat de lar. Confira alguns destes
locais:
Cook foi construída em 1917 como uma estação ferroviária para
reabastecimento de trens no maior trecho de estrada de ferro direto do
mundo (478 km), no coração do interior de um país deserto, cerca de 826
km da cidade mais próxima, Port Augusta (Austrália).
Há uma loja em funcionamento em Cook, que só abre quando um trem está previsto para reabastecer lá. Com a privatização das empresas de trem, isso é cada vez menos necessário da cidade, que fornece alojamento de emergência durante a noite para maquinistas, e mantém equipamentos médicos em caso de um acidente de trem.
Cook é um lugar quente e árido, e todas as tentativas anteriores de cultivar árvores e vegetais lá falharam – isso significa que quaisquer alimentos devem chegar na cidade de comboio. A água era bombeada do subsolo quando a cidade era mais ativa, mas, agora, com apenas quatro moradores, a água também é entregue via trem. Falta de alimentos, água e materiais naturais. Hum, que beleza.
La Rinconada é conhecida como a cidade mais alta do mundo, localizada
nas belas montanhas dos Andes sul-americanos. A cidade é construída em
cima de uma geleira 5.100 metros acima do nível do mar.
Aqueles que desejam viajar para La Rinconada precisam suportar estradas perigosamente estreitas, condições congelantes, além de lidar com o mal estar inevitável causado pela altitude.
Diz-se que a maioria das pessoas não vive em La Rinconada por muito tempo por causa de seu afastamento e isolamento, mas a promessa de ouro continua a atrair classes mais pobres de todos os cantos da América do Sul para lá, mantendo a pequena cidade viva e funcionando.
Motuo é uma selva de 30.550 quilômetros quadrados no lado sul das
montanhas do Himalaia. Sendo o único condado chinês sem acesso por
estradas ou rodovias, viajantes precisam se deslocar a pé de aldeias
vizinhas sobre uma passarela suspensa para chegar ao local misterioso,
coisa que pode levar até quatro dias.
Trinta anos atrás, houve tentativas de construir uma autoestrada em Motuo. Esta rodovia durou dois dias, até que deslizamentos de terra e a natureza imprevisível da floresta selvagem consumiram a construção. Embora o condado seja repleto de frutas frescas durante épocas boas, não há acesso a alimentos em conserva ou tratamento médico, tornando este local isolado difícil de viver.
Felizmente, voluntários transportam fornecimento médico e alimentos para a região, enfrentando chuvas, deslizamentos, floresta densa, sanguessugas e insetos venenosos em motocicletas, tornando a vida dos cerca de 10 mil nativos dos grupos étnicos Menba e Luoba possível.
Porém, a partir de 1800, muitos cientistas e pesquisadores passaram a viver no continente gelado em prol da pesquisa. Eles construíram bases de materiais importados e recebem suprimentos de navios de carga. Hoje, existem mais de 65 estações de pesquisa na Antártida, muitas abertas o ano inteiro. A população varia de 4.000 no verão a 1.000 no inverno, e cerca de 40.000 turistas circulam pela região no verão.
Devido ao solo fértil das terras vizinhas, Pompéia continua sendo habitada – cerca de 25.671 pessoas ainda moram lá. Porém, claramente não deveriam morar, considerando que, desde a antiga erupção, já houve mais duas explosões vulcânicas fatais: uma em 1906, na qual centenas de pessoas morreram, e outra em 1944, que dizimou três pequenas cidades. Catástrofes futuras são esperadas.
Durante o verão, Muli experimenta 24 horas de luz do dia, e no
inverno, a maior parte do dia é escura. Isto, combinado com sua
distância de 691 km do continente da Islândia, tornou a vida muito
difícil para os moradores de Muli, que só receberam energia elétrica em
1970. A essa altura, a maioria das pessoas havia deixado a área,
deixando os restantes quatro moradores sozinhos em uma cidade
praticamente fantasma.
O fato de que esta área já foi utilizada por czares e soviéticos como
um lugar de exílio dá uma boa indicação quanto à qualidade de vida
esperada lá. Sua principal fonte de água, o rio Yana, fica congelado a
maioria dos meses no ano.
Há uma média de cinco horas por dia de luz solar entre setembro e março. Há pouca indústria local além de criação de renas, e a cidade conta com um aeroporto e porto fluvial para receber suprimentos necessários para sobreviver.
No entanto, as Maldivas são consideradas frágeis pelos cientistas:
segundo eles, as ilhas não têm muito tempo restante acima da terra. Uma
avaliação de 2005 mostrou que a mineração dos recifes de coral deixou o
mar ao redor das Maldivas erodido e danificado. Isto significa que o
impacto de tsunamis (que são comuns na área) será cada vez mais forte.
Em 2004, um tsunami deixou 10% da ilha inabitável, e um terço da
população foi severamente afetado.
Em 2008, o presidente Nasheed iniciou um fundo de evacuação de emergência, para, no caso de grave inundação, todos os residentes poderem ser evacuados para a Índia ou Sri Lanka, provando que a vulnerabilidade dessas ilhas pitorescas é uma preocupação legítima para os locais.
Hoje, 200.000 ou mais habitantes vivem dentro de 6,4 quilômetros do Monte Merapi.
Se o vulcão explodisse novamente, o resultado seria devastador. Porém, como toda área vulcânica, terra fértil circunda a montanha, o que mantêm agricultores vivendo perto destas bombas-relógio naturais.
Minqin está condenada a desaparecer. Em 1999, havia cerca de 281.800
pessoas lá. Hoje, este número é pensado para ter aumentado para mais de
dois milhões. Isto acrescentou tensão insuportável para a forma
principal de sustentabilidade da cidade, o rio Shiyang, que praticamente
secou devido à irrigação demasiada.
Isso, juntamente com o fato do município ser imprensado entre os desertos Tengger e Badain Jaran, que se arrastam 10 metros para dentro do condado a cada ano, fez com que o governo chinês realocasse agricultores cujas terras foram tomadas. Com apenas 98 quilômetros quadrados de terras férteis atualmente, o deserto continua se aproximando, e os residentes continuam sendo forçados a sair da cidade.
10. Cook, Austrália
Há uma loja em funcionamento em Cook, que só abre quando um trem está previsto para reabastecer lá. Com a privatização das empresas de trem, isso é cada vez menos necessário da cidade, que fornece alojamento de emergência durante a noite para maquinistas, e mantém equipamentos médicos em caso de um acidente de trem.
Cook é um lugar quente e árido, e todas as tentativas anteriores de cultivar árvores e vegetais lá falharam – isso significa que quaisquer alimentos devem chegar na cidade de comboio. A água era bombeada do subsolo quando a cidade era mais ativa, mas, agora, com apenas quatro moradores, a água também é entregue via trem. Falta de alimentos, água e materiais naturais. Hum, que beleza.
9. La Rinconada, Peru
Aqueles que desejam viajar para La Rinconada precisam suportar estradas perigosamente estreitas, condições congelantes, além de lidar com o mal estar inevitável causado pela altitude.
Diz-se que a maioria das pessoas não vive em La Rinconada por muito tempo por causa de seu afastamento e isolamento, mas a promessa de ouro continua a atrair classes mais pobres de todos os cantos da América do Sul para lá, mantendo a pequena cidade viva e funcionando.
8. Motuo, China
Trinta anos atrás, houve tentativas de construir uma autoestrada em Motuo. Esta rodovia durou dois dias, até que deslizamentos de terra e a natureza imprevisível da floresta selvagem consumiram a construção. Embora o condado seja repleto de frutas frescas durante épocas boas, não há acesso a alimentos em conserva ou tratamento médico, tornando este local isolado difícil de viver.
Felizmente, voluntários transportam fornecimento médico e alimentos para a região, enfrentando chuvas, deslizamentos, floresta densa, sanguessugas e insetos venenosos em motocicletas, tornando a vida dos cerca de 10 mil nativos dos grupos étnicos Menba e Luoba possível.
7. Antártica
A Antártica é sem dúvida um dos mais lugares mais difíceis que uma
pessoa (ou pinguim) poderia chamar de lar. 98% do continente é composto
de gelo e está em completa escuridão durante seis meses do ano. Não há
fornecimento de comida natural (para humanos), nenhum material natural
como árvores ou pedras para construções, além das temperaturas abaixo de
zero, que podem matar. Não surpreendentemente, não há povos nativos da
Antártica.
Porém, a partir de 1800, muitos cientistas e pesquisadores passaram a viver no continente gelado em prol da pesquisa. Eles construíram bases de materiais importados e recebem suprimentos de navios de carga. Hoje, existem mais de 65 estações de pesquisa na Antártida, muitas abertas o ano inteiro. A população varia de 4.000 no verão a 1.000 no inverno, e cerca de 40.000 turistas circulam pela região no verão.
6. Pompéia, Itália
Pompéia é um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo, se não o
mais famoso. Depois que o vulcão Vesúvio entrou em erupção cerca de 79
dC, a cidade de Pompéia, junto com sua cidade vizinha, Herculano, foram
totalmente revestidas em lava, o que preservou pessoas e edifícios, que
agora dão a historiadores e arqueólogos uma visão sem precedentes sobre a
vida romana cotidiana. A lava também mostrou que a cidade tinha sido
vítima de terremoto e atividade vulcânica muitas vezes anteriormente.
Devido ao solo fértil das terras vizinhas, Pompéia continua sendo habitada – cerca de 25.671 pessoas ainda moram lá. Porém, claramente não deveriam morar, considerando que, desde a antiga erupção, já houve mais duas explosões vulcânicas fatais: uma em 1906, na qual centenas de pessoas morreram, e outra em 1944, que dizimou três pequenas cidades. Catástrofes futuras são esperadas.
5. Muli
Muli é uma pequena cidade localizada nas Ilhas Faroé (a meio caminho
entre a Islândia e a Noruega), com uma população total de quatro
pessoas. As Ilhas são conhecidas por ter clima imprevisível, chuva
torrencial, neblina, neve e tempestades em todas as épocas do ano.
A
paisagem circundante é sombria, com pouca vegetação ou materiais
naturais para as pessoas prosperarem. Suprimentos tinham que ser levados
para lá de helicóptero ou barco até 1989, quando uma estrada ligando o
local a Norðdepil foi construída.
4. Verkhoyansk, Rússia
Verkhoyansk é considerada a cidade mais fria do mundo pelos moradores
locais, que são cerca de 1.500. Considerando que menos 4 a menos 10
graus Celsius é um típico dia de inverno para essas pessoas, não é
difícil imaginar por que reivindicam este título.
Há uma média de cinco horas por dia de luz solar entre setembro e março. Há pouca indústria local além de criação de renas, e a cidade conta com um aeroporto e porto fluvial para receber suprimentos necessários para sobreviver.
3. Maldivas
As Maldivas são um conjunto de ilhas tropicais cerca de 400 km ao
sudoeste da Índia. Elas são o lar de cerca de 328.500 pessoas e atraem
500.000 turistas por ano. Considerando-se suas praias de luxo, resorts
isolados, indústria de pesca, locais de mergulho populares e clima de
verão tropical, as Maldivas são conhecidas por serem um bom local para
lua de mel, em vez de um lugar particularmente difícil de se habitar.
Em 2008, o presidente Nasheed iniciou um fundo de evacuação de emergência, para, no caso de grave inundação, todos os residentes poderem ser evacuados para a Índia ou Sri Lanka, provando que a vulnerabilidade dessas ilhas pitorescas é uma preocupação legítima para os locais.
2. Java
Java é uma ilha e o lar de mais de 120 milhões de pessoas e 22
vulcões ativos. Monte Merapi é um destes vulcões, que entrou em erupção
60 vezes nos últimos cem anos, tão recentemente quanto em 2006. Sessenta
pessoas foram queimadas até a morte por seu gás quente em 1994, e em
1930 estima-se que 1.000 pessoas morreram de uma explosão de lava.
Hoje, 200.000 ou mais habitantes vivem dentro de 6,4 quilômetros do Monte Merapi.
Se o vulcão explodisse novamente, o resultado seria devastador. Porém, como toda área vulcânica, terra fértil circunda a montanha, o que mantêm agricultores vivendo perto destas bombas-relógio naturais.
1. Minqin, China
Isso, juntamente com o fato do município ser imprensado entre os desertos Tengger e Badain Jaran, que se arrastam 10 metros para dentro do condado a cada ano, fez com que o governo chinês realocasse agricultores cujas terras foram tomadas. Com apenas 98 quilômetros quadrados de terras férteis atualmente, o deserto continua se aproximando, e os residentes continuam sendo forçados a sair da cidade.