Para quem imagina que os brasileiros não têm boas ideias ou que tudo que é inovador surge apenas em outros países, basta dar uma olhada na história das invenções para perceber que a situação não é bem essa.
Nossos cientistas e pesquisadores sempre tiveram bons projetos, mas por falta de reconhecimento e apoio, muito acabaram ficando pelo caminho e as glórias pela novidade acabaram indo parar em outras terras.
Conheça algumas das invenções que poderiam ter nascido no Brasil ou mesmo que surgiram por aqui, mas por alguma razão não deram aos seus criadores os devidos créditos pela genialidade.
01- Fotografia
O primeiro homem a descobrir uma forma de gravar imagens com o uso da luz não era brasileiro, mas vivia em nosso território. Morador da cidade de Campinas, interior de São Paulo, o francês Hercules Florence descobriu um método para imprimir fotos usando papel sensibilizado com nitrato de prata.
O princípio fotográfico é utilizado até hoje em revelações de imagens, porém basta pesquisar em qualquer livro de história para perceber que o nome de Florence não está entre os inventores da fotografia. Isso aconteceu porque, enquanto ele desenvolvia seu trabalho em silêncio por aqui, uma pesquisa similar estava em andamento na França.
As pesquisas de Louis Daguerre e Joseph Niépce são consideradas o ponto inicial da fotografia e ambos herdaram o título de paternidade da invenção. Ao saber das conquistas da dupla francesa, Florence abandonou as suas pesquisas.
02- Identificador de chamadas
Sabe quando o seu telefone toca e você consegue descobrir quem está ligando antes mesmo de atender a ligação? Pois você deveria agradecer ao mineiro Nélio Nicolai, criador do identificador de chamadas, popularmente conhecido como BINA.
O aparelho, criado na década de 80, chegou a ser bem-sucedido junto aos telefones fixos nos anos 90. Porém, Nicolai afirma que a sua tecnologia foi adaptada para os celulares sem autorização e, por conta disso, até hoje trava uma briga na justiça brasileira e de outros países pelos direitos autorais da invenção.
03- Máquina de escrever
Hoje as máquinas de escrever já são praticamente peças de museu, mas antes dos computadores era comum encontrar em qualquer escritório diversos aparelhos como esses. Essa invenção também nasceu no Brasil, ainda no século XIX.
O padre João Francisco de Azevedo teve a ideia de adaptar um piano de 24 teclas para que ele pudesse imprimir letras em um papel. Para mudar de linha era preciso pisar no pedal, localizado na parte de baixo do aparelho. Sem dúvida, a ideia era bastante promissora.
Velho e doente, Azevedo confiou a sua invenção ao negociante George Napoleon, que dizia ter possíveis interessados em fabricá-la nos Estados Unidos. O padre nunca mais teve notícias do vendedor, mas alguns anos depois um modelo quase igual foi apresentado em solo americano por Christofer Sholes. Em seguida, a empresa Remington comprou a ideia e passou a fabricá-las em escala comercial.
04- Radiotransmissão
Embora hoje o nome do padre Roberto Landell de Moura seja associado com mais frequência à invenção da radiotransmissão, nem sempre foi assim, e ele morreu sem ser creditado pela sua invenção. De acordo com os relatos, o padre teria sido o precursor na transferência de voz por ondas de rádio.
A partir da Avenida Paulista, em São Paulo, uma mensagem dizendo “alô, alô” foi ouvida a oito quilômetros de distância em um telefone sem fio. No mesmo ano, o italino Guglielmo Marconi, considerado o pioneiro da radiotransmissão, conseguiu apenas transmitir sinais telegráficos a algumas centenas de metros.
O nome de Landell de Moura só veio à tona na década de 40, quando a justiça norte-americana decidiu que Marconi não era o inventor. Apesar de não ter colhido os louros da fama em vida, hoje seu nome é citado como um dos prováveis criadores do rádio.
05- Avião
Ao menos no Brasil, Santos Dumont é respeitado e reconhecido como sendo o pai da aviação. Em 2005, quando foi comemorado o centenário do primeiro voo do 14 Bis, Dumont recebeu diversas homenagens no país e até mesmo na Europa. Mas ainda assim sua invenção é bastante injustiçada.
A paternidade da aviação ainda é um assunto polêmico, ao menos para os norte-americanos. Segundo eles, os verdadeiros criadores da aviação seriam os irmãos Orville e Willbur Wright que em 1903, dois anos antes do primeiro voo de Dumont, voaram com o Flyer I. A diferença é que enquanto o voo dos americanos contou com uma catapulta para colocar o aparelho no ar, o voo do brasileiro subiu impulsionado apenas por um motor a combustão.
Em resumo: na prática, a aviação como existe hoje, pode ser considerada obra de Santos Dumont, mas os primeiros a voarem, ainda que com auxílio, foram os norte-americanos. E aí, quem pode ser considerado de fato o pai da aviação?
voar com auxilio de uma catapulta é o mesmo que atirar uma pedra com um estilingue, outra coisa os irmãos Wright voaram ou foram lançados em linha reta e ficaram sem fazer curvas como uma pedra, Santos Dummond não eles levantou voo sem auxilio e fez diversas curvas indo e voltando no céu e ele é o pai da aviação no mundo todo, só americano que acha que não.
ResponderExcluirSinto lhe dizer que não. os americanos não são os únicos, eles tem este reconhecimento também na Europa, infelizmente só nós Brasileiros acreditamos que o mestre Dumont seja o pai da aviação
ExcluirAcho que além do Brasil só a França reconhece Santos Dumont como o pai da aviação, pois ele tinha cidadania francesa.
ExcluirÉ claro meu amigo, se levarmos em consideração que a América do Norte e a Europa comandam o mundo, tanto no sentido político, econômico e cultural, fica difícil acreditar que eles ensinam as suas crianças que foi um brasileiro o inventor de algo que revolucionou completamente o mundo. Há muita jogada política por trás disso.
ExcluirOs irmãos Whrite conseguiam manobrar o aparelho. O uso da catapulta era apenas para facilitar a decolagem. E enquanto o vôo do 14bis foi a 6m de altura por cerca de 100m. Os americanos voavam mais alto e tinham vôos de mais de quilômetros de distância. Inclusive, o primeiro acidente fatal ocorreu com um militar americano que voava com um dos irmãos quando um aparelho caiu.
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